quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Japão recusa reentrada de alguns estrangeiros mesmo com teste negativo de coronavírus

 O governo japonês parece não reconhecer métodos de exames utilizados em outros países

Japão recusa reentrada de alguns estrangeiros

Embora os residentes estrangeiros tenham sido gradualmente autorizados a reentrar no Japão a partir do início de agosto, há casos em que esses indivíduos são forçados a retornar aos seus países de origem, mesmo que tenham testado negativo para o coronavírus duas vezes em exames exigidos na partida e na chegada, informou o jornal Mainichi nesta quarta-feira (26).

Esse problema surge porque o governo japonês exige o envio de resultados de testes que coletam amostras da nasofaringe, que é a parte superior da garganta atrás do nariz, ou da saliva, e não aceita resultados de testes usando amostras retiradas da faringe, ou parte da garganta, que são comuns em algumas regiões da China.

Uma mulher chinesa partiu de Dalian, na província de Liaoning, em 11 de agosto, com destino ao Aeroporto Internacional de Narita (Chiba) no mesmo dia. Ela fez um exame PCR que coletou amostras de saliva no aeroporto e recebeu o resultado uma hora depois, indicando que ela havia testado negativo para o vírus.

Embora a mulher tenha enviado esses resultados ao escritório de imigração com os do teste feito na China antes de sua partida, ela foi chamada ao escritório administrativo cerca de duas horas e meia depois e recebeu um pedaço de papel que dizia: "Você será enviado de volta ao país de origem."

A mulher foi forçada a voltar para a China em 13 de agosto, depois de passar duas noites no aeroporto, e atualmente está sendo mantida em quarentena por duas semanas em Dalian, devido aos regulamentos do governo chinês.

O Ministério das Relações Exteriores do Japão explica em seu site que o método de teste necessário para a reentrada é a coleta de amostra por "cotonete nasofaríngeo" ou pela "saliva".

O governo japonês aparentemente considerou as amostras de garganta como não aplicáveis, a fim de manter a consistência com os métodos de amostra de cotonetes de nariz e saliva que são realizados no Japão. Uma fonte do governo disse que não havia problema com o método de coleta de amostras da garganta em si.
Fonte: Alternativa

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