O aplicativo foi baixado mais de 250 mil vezes desde seu lançamento na segunda-feira
A agência digital do governo japonês se desculpou na terça-feira (21) pelas falhas em um novo aplicativo que funciona como passaporte de vacinação contra Covid-19, atraindo críticas de legisladores da oposição e usuários por sua incapacidade de lidar com nomes de solteira.O aplicativo para smartphone, baixado mais de 250 mil vezes desde seu lançamento na segunda-feira pela Agência Digital do Japão, funciona apenas para aqueles que têm cartão My Number, ou seja, cerca de 40% da população.
Mas se mostrou incapaz de fazer upload de dados de quem usava um nome de solteira ou um pseudônimo, o que gerou um pedido de desculpas em uma postagem no Twitter da agência, que prometeu consertar o problema em um "futuro próximo".
Em uma carta à agência, o Partido Democrático Constitucional de oposição disse: "A Agência Digital está seriamente carente de perspectivas de igualdade de gênero, em primeiro lugar, por tê-lo lançado desta forma."
O aplicativo, chamado Sesshu Shoumeisho Apli (接種証明書アプリ) faz parte do plano do Japão para reabrir a economia e retomar as viagens em meio a preocupações com um possível aumento nas infecções por coronavírus e novas variantes.
Seu lançamento pela agência, fundada em setembro com o objetivo de aprimorar a tecnologia no governo, ficou atrás de muitos países e versões de terceiros lançadas por empresas e administrações municipais.
Usuários de mídia social reclamaram do lançamento tardio do aplicativo, e a incapacidade de lidar com nomes de solteira reacendeu um longo debate sobre as leis japonesas contra mulheres casadas manterem seus sobrenomes.
O professor da Universidade de Chubu, Atsuko Tamada, estava entre os que criticaram o aplicativo no Twitter e o que seu design revelava sobre a postura do governo em relação à igualdade de gênero.
"Acho que é um problema do ponto de vista da proteção dos direitos das mulheres", disse Tamada à Reuters.
Outro problema detectado é que o aplicativo não aceita o cartão My Number de estrangeiros cujos nomes estão registrados de duas formas, em letras romanas e em kanji ou katakana.
Fonte: Alternativa com Reuters
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